sábado, 14 de abril de 2012

Os Hieróglifos e o século XXXII a.C.

Sabemos que antes das letras foram utilizados hieróglifos.
Os hieróglifos são o sistema de escrita mais antigo que se conhece.
Foram utilizados pelos Egípcios, Maias e também pelos Hititas.

Os Hieróglifos Egípcios são os mais antigos de todos, mas, considerando que o Homo sapiens tem 195.000 anos de estar na face da terra, os hieróglifos não tem tanto tempo quanto nós podemos imaginar.

Antes da invenção dos Hieróglifos no Egito não existiam as Dinastias dos Faraós, nem pirâmides, nem sequer existia o próprio Egito.
O que havia eram vilarejos independentes, de homens vivendo na idade da pedra, numa época conhecida como "Cultura Badariana".

A Cultura Badariana, de 4.400 a 4.000 a.C., no Sul do Egito ou Alto Egito, mostra o Homo sapiens na idade da pedra lascada (Neolítico/Mesolítico), mas, praticando atividades de agricultura rudimentar, nas áreas férteis das margens do rio Nilo, assim como também dedicando-se à criação de cabras e ovelhas, mantendo sempre as atividades de caça e pesca.

Dessa época encontram-se objetos simples de cerâmica, taças e tigelas, que tinham paredes finas e coloração vermelha ou marrom com parte superior preta.

A cultura Badariana faz parte do Período pré-dinástico. uma época anterior às Dinastias dos Faraós Egípcios.

Os arqueólogos nunca encontraram hieróglifos, até agora, que pertençam à Cultura Badariana.

Os Hieróglifos ainda não tinham sido inventados nessa época, que abrange o período entre os séculos 44 a.C. e 40 a.C. (4.400 a.C. até 4.000 a.C.).


Depois da Cultura Badariana veio a Cultura Naqada.  

A Cultura Naqada dividi-se em três: a Naqada I ou Amratiana, que vai de 4.000 a.C. a 3.500 a.C.; a Naqada II ou Gerzeana de 3.500 a.C. até 3.200 a.C. e a Naqada III ou Semaineana que vai de 3.200 a.C. a 3.000 a.C.

Nos registros arqueológicos das culturas Naqada I e Naqada II  não foram encontrados hieróglifos.

Isso significa que do século 40 a.C. (4.000 a.C.) até o século 33 a.C.(3.300 a.C.) os hieróglifos egípcios ainda não existiam.

Apenas durante a Cultura Semaineana, Naqada III, surgem os primeiros hieróglifos.

Esse período da Cultura Semaineana também é o mesmo do chamado "Período Proto-Dinástico"(3.200 - 3.000 a.C.), envolvendo duzentos anos que constituem o século 32 a.C. (link português) e o século 31 a.C.

Em outras palavras, os hieróglifos egípcios mais antigos datam do século 32 a.C (link em inglês).

Também ocorre a unificação das regiões do Alto Egito e Baixo Egito formando o Estado egípcio. 
Alguns especialistas consideram este período como a "Dinastia 0"
A fundação da cidade de Memphis, foi também no século 32 antes de Cristo (3.100 a.C.).



Os hieróglifos egípcios foram utilizados durante quase três milênios e depois seu significado perdeu-se, a tal ponto que na Idade Média  ninguém mais sabia o que significavam.

Foi graças à descoberta da  Pedra da Roseta, em 1799, que os hieróglifos foram finalmente descifrados durante os anos de 1822 a 1824 pelo linguista Jean-François Champollion
Na "Pedra da Roseta" tinha um decreto do Rei Ptolomeu V escrito em três "línguas". Uma delas era o Grego antigo, outra era o Demótico e a terceira eram os hieróglifos.

Existe muito material interessante sobre a cultura Egípcia, aqui focalizamos o inicio dos hieróglifos egípcios, porque a invenção dos hieróglifos marca a transição da época em que o homem vivia na idade da pedra (Neolítico/Mesolítico) e essa transição em que o homem deixa a Idade da pedra aconteceu no século XXXII (32)a.C., ou seja, no período compreendido entre os anos 3.200 a.C. e 3.101 a.C.



Os Hieróglifos Maias
Descifrar a escrita Maia tem sido lento e ainda há muito a ser descoberto, além de ser recente, uma vez que os principais avanços aconteceram no século XX.
Os Hieróglifos Maias são diferentes dos egípcios, não há relação entre eles.
O significado dos hieróglifos maias foi perdido durante a conquista dos espanhois. 
Os maias escreviam num tipo de papel feito da fibra vegetal que depois deixavam branco ao aplicar uma camada de cal. Faziam um tipo de livro, juntando essas folhas escritas frente e verso, que conhecemos com o nome de "Códices Maias".
A grande maioria dos códices Maias foram queimados pelos espanhois, por questões religiosas.
Apenas quatro códices Maias chegaram até nós e encontram-se guardados em Bibliotecas ou Museus, recebendo o nome da cidade onde se encontram, o mais conhecido deles é o Códice de Dresden.

Entender a parte numérica dos hieróglifos tem sido menos difícil, com isso foi possível entender o "Calendário Maia".
O Calendário Maia envolve a contagem do tempo, até ai normal, mas, utiliza três sistemas que estão interligados. Parece complicado mas é bem simples. 

A primeira contagem era parecida com a nossa, chamada Haab, era o ano civil, que também tinha 365 dias e como já sabemos corresponde à duração de uma órbita da terra ao redor do sol. 
O dia era chamado Kin (K'in).
Porém, para chegar aos 365 dias faziam um cálculo diferente do nosso, não tinham 12 meses e sim 18, e a duração de cada més era de 20 dias, acrescentando mais cinco dias para chegar nos 365 (18 x 20 = 360 + 5 = 365).
Esse grupo de 20 Kins era chamado Uinal.

A segunda contagem era chamada "Tzolkin"(Tzolk'in), era o calendário sagrado, e tinha uma duração total de 260 dias. Para isso usavam os vinte dias, cada um com nomes diferentes, em treze grupos dando um total de 260 (20 x 13).

Essas duas contagens ao ser combinadas resultam em uma grande quantidade de dias diferentes e que correspondem a 52 anos. Apenas depois de 52 anos iria se repetir o primeiro dia do ciclo, ou seja que vai começar outro ciclo de 52. 
Os anos não eram contados com o Haab nem com o Tzolkin, para contar os anos era usada a conta longa.

A terceira contagem é a longa. A Contagem Longa usava as agrupações já conhecidas, vinte Kin (dias) que faziam um (1) Uinal. Depois agrupava 18 Uinal para fazer um Tun (18 x 20 = 360 dias).
A seguir agrupava vinte Tun para fazer um Katun (18 x 20 x 20 = 7.200 dias).
Finalmente, agrupava vinte Katun para fazer um Baktun (18 x 20 x 20 x 20= 144.000 dias).


De acordo com os cálculos dos especialistas o inicio da Contagem longa corresponde ao dia 11 de Agosto de 3.114 a.C.
Acho muito tempo para ser tão exatos, digamos que o inicio da conta longa começa, aproximadamente,  no ano 3.114 a.C.
O calendário Maia é um conjunto onde percebem-se círculos ou capas, a mais externa tem 13 baktuns, as internas tem esse mesmo período de tempo só que nas outras unidades, assim a capa ou círculo que segue tem 260 Katun, a outra capa tem 5.200 Tun e a mais interna dessas 7.200 tzolkin.

O conjunto de 13 Baktun, considerando que o primeiro Baktun foi no ano 3.114a.C., vai terminar no 21 de dez. de 2012. Nessa data, como em todo calendário, começa o novo ciclo. 
A nossa contagem de tempo usando o calendário Gregoriano tem várias "arrumações" ou acertos, por isso não é apenas calcular que 13 baktun são, aproximadamente, 5.128 anos (13 x 144.000 = 1.872.000 dias) e diminuir do ano 2012, porque iria dar no 3.116 a.C. e não o ano que os especialistas calcularam (3.114a.C.).


Na verdade, vamos parar com o tum tum e pensar no seguinte: Por que os Maias tem um calendário que começa no ano 3.114 a.C. se eles não existiam nessa época ?
Antes dos Maias foram os Olmecas, no único lugar onde encontra-se registros de ambos, em Takalik Abaj, encontraram-se peças de obsidiana, as mais antigas datam de 1.000 - 800 a.C. no período Pré-Clássico (Temprano), ainda antes dos Olmecas.
Não existem registros de Maias no ano 1.500 a.C., muito menos em 2.000 a.C e em 3.000 a.C. nem pensar. 
Então, devemos explicar o fato de outra maneira. O calendário maia é um fato. Começando em 3.114 a.C. é um cálculo matemático, mesmo que tenha alguma diferença não vai ficar longe desse ano. 

Esse ano, no século XXXII a.C., no mesmo século que os egípcios começaram a escrever hieróglifos durante a cultura Nagada III, marca uma grande transformação do Homo sapiens, que deixou a Idade da Pedra lascada e começou uma trajetória que o levou à lua no período de 13 Baktun (aprox. 5.128 anos)
O Homo sapiens do qual existem registros fosseis que remontam a 195.000 anos, viveu na Idade da Pedra durante quase 190.000 anos e "de repente" ficou inteligente. 

Será que não tivemos uma ajuda ?
Será que a teoria do Astronauta antigo não faz sentido ?
Mesmo com o Rei Paccal,  registrado em pedra, dirigindo o que parece ser uma nave espacial ?

Bem, não é necessário acreditar ou deixar de acreditar.
Vai acontecer de novo. 
O que vai acontecer é semelhante a sair da Idade da Pedra Lascada, onde o Homo Sapiens estava no século XXXIII a.C., e ter a capacidade de escrever.

Sempre chamamos eles de Deuses, sempre. 
Agora, vai ser diferente.
(espero rsrs)


Obs.
A Escrita Cuneiforme também foi no século 32 a.C., de acordo com alguns até antes disso, de acordo com outros um pouco depois. No momento quero deixar esse assunto e pensar em outra coisa.
Esta postagem esta relacionada com as outras deste ano.
Acho que é suficiente para instigar, na internet tem uma quantidade de informação incrível. Os links que tem nesta postagem podem servir para ter maiores informações.


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